Harry Potter mais uma vez estampou a capa de uma grande revista de circulação nacional, dessa vez o fenômeno foi citado por uma revista sobre economia e negócios, a Isto é Dinheiro.
Em ocasião do lançamento do quinto livro da saga Harry Potter e a Ordem da Fênix, a revista Isto é Dinheiro trouxe ao público (público nada infantil) um estudo sobre Harry Potter e seus números, e todo seu dinheiro, e toda a movimentação de capital que gira em torno do milionário negócio chamado Harry Potter e seus livros e seus filmes.
A época do lançamento foi meados de 2003, onde estava no mercado o recém-lançamento do DVD e VHS de Harry Potter e a Câmera Secreta, e por outro lado os fãs aguardavam ansiosos o lançamento do terceiro filme Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban.
Em seguida a versão da matéria divulgada pela Isto é Dinheiro, e o linck para a página oficial.
Página oficial da Isto é Dinheiro: *
Nº edição: 304 | 25.JUN.03 - 10:00 | Atualizado em 07.03 - 20:49
HARRY POTTER A VOLTA DO FENÔMENO
Uma indústria de US$ 6 bilhões se movimenta em torno do novo livro do bruxo
Por Dárcio Oliveira
O quinto feitiço já está pronto. Harry Potter e a Ordem do Fênix, livro número 5 da série escrita pela inglesa Joanne K. Rowling, debuta no mercado no primeiro minuto deste sábado 21 com uma festa cinematográfica em Londres. As emissoras de TV entram com links ao vivo para todo o mundo e sites da internet acompanham o lançamento em tempo real. Em Nova York, na noite da sexta-feira 20, um painel gigantesco em plena Times Square exibe a capa do livro, enquanto sósias da personagem distribuem adesivos do bruxo mirim. Na cidade de Oak, em Illinois (EUA), a população se mobiliza para transformar o pequeno município numa espécie de Harrylândia, com réplicas do banco dos “gringotes”, um imenso tabuleiro de xadrez com humanos servindo de peças e até um anfiteatro
para ensinar algum truque aos “trouxas” – os não mágicos na gíria de Harry Potter. Nenhuma outra obra literária fez tanto barulho. Nenhum outro livro atraiu tanto interesse em tantos países. “Haverá uma tiragem inicial de 8,5 milhões de exemplares apenas nos Estados Unidos. É um recorde no mercado literário”, disse à DINHEIRO Judy Cormann, vice-presidente corporativa da Editora Scholastic, que distribui o livro no mercado americano. Antes do lançamento, a livraria on-line Amazon já havia recebido 750 mil encomendas nos EUA. Na Inglaterra, outros 350 mil pedidos foram registrados pelo site. O correio britânico, tido como um dos mais eficientes do mundo, teve de providenciar às pressas cerca de 30 vans para aumentar a frota e conseguir entregar Harry Potter e a Ordem do Fênix na casa dos consumidores. O fenômeno está de volta.
Nem mesmo Joanne K. Rowling, a ex-professora que começou a escrever a saga do menino mago em guardanapos de papel num café escocês, poderia imaginar que de sua pena sairia uma máquina de ganhar dinheiro. Joane até tentou desvincular o merchandising da obra literária. Perdeu a briga. Quando o bruxo
deixou as páginas para ganhar a tela dos cinemas, então, a in-
dústria já havia entrado na história. Hoje, a marca Harry Potter movimenta US$ 6 bilhões ao ano, incluindo venda de livros, bilhe-
teria de cinema e licenciamento. No final das contas, apesar dos muxoxos de Joane, ela saiu no lucro. Em seis anos, juntou uma fortuna US$ 450 milhões e se tornou uma das mulheres mais ricas
do Reino Unido – mais até que a rainha da Inglaterra.
É que Harry vende de tudo e Joanne ganha com isso. As crianças dormem e acordam com pijamas e lençóis do bruxo. Usam a escova de dentes de Harry, mochilas, tênis. Brincam com seus jogos e bebem o refrigerante que ele bebe. Não há empresa que queira ficar de fora da festa. De gigantes mundiais como Coca-Cola e Mattel a companhias de médio porte em mercados menores, como a brasileira Regina Festas, há uma fila de candidatos a conquistar o direito de estampar o bruxo em seus produtos. Cadeias de varejo criam estratégias especiais para trabalhar a linha Harry Potter. No
sábado de lançamento do livro, a rede de brinquedos Toys “R” Us montou em sua loja na Times Square dois castelos feitos com
peças Lego e lotados de produtos de Harry. A Wal-Mart decidiu vender o novo livro com 40% de desconto. Explicou que a obra
serve de isca para a venda de vários itens da personagem. “A
criança entra no Wal-Mart para comprar o livro e acaba levando
a caneca, a roupa e os jogos de Harry”, diz Karen Burke, porta-
voz da empresa. “A força da marca é impressionante.”
Estima-se que de 1997, ano de lançamento do primeiro Harry Potter, até hoje, cerca de 200 milhões de livros circulem pelo mundo. No cinema, os dois filmes feitos até agora renderam juntos US$ 1,8 bilhão em bilheteria, marca que os igualou ao recordista Titanic. O bruxo também faz as vendas de fitas VHS e DVDs explodirem. A Warner Bros., que detém os direitos de negociar o licenciamento dos produtos, chegou a vender, só no Brasil, 160 mil cópias do DVD de Harry Potter e a Câmara Secreta em um único mês. Por contrato, a empresa está impedida de fazer qualquer acordo de licenciamento baseado nos livros. Seu direito se limita aos filmes (ela vai fazer a festa mesmo em julho de 2004, quando sai o terceiro longa, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban). Mas mesmo com a Warner quietinha, assistindo de camarote ao lançamento do livro, não há como controlar o ímpeto de empresas e consumidores. Por mais que a senhora Rowling insista, Harry Potter não é mais uma obra literária. É uma marca que gera bilhões em negócios.
Por aqui, a versão em português só deve chegar no final do ano. A editora Rocco, que detém os direitos de publicação, ainda não recebeu os originais. Sequer foi convidada para a megafesta de lançamento em Londres. “Não podemos falar nada sobre o livro porque não sabemos nada sobre o livro”, declarou, irritada, uma porta-voz da editora brasileira. A mágoa é compreensível. A Rocco foi uma das primeiras a apostar na saga do bruxo, quando Joanne Rowling ainda era desconhecida e seu agente viajava o mundo atrás de contrato. Paulo Rocco, dono da editora, topou o desafio e comprou os direitos. Acertou em cheio. Até aqui, já vendeu um milhão de livros e chegou a declarar que Harry Potter praticamente reconstruiu a Rocco. Na semana passada, Judy Cormann, da Scholastic, disse à DINHEIRO que desconhecia qualquer problema com o Brasil. “Nosso foco é o mercado americano. É melhor você falar na Inglaterra.” A Bloomsburry, que publica os livros na Grã-Bretanha, empurrou novamente o caso aos EUA. E a Rocco ficou no prejuízo.
Problemas com a editora brasileira à parte, outras companhias do Brasil estão rindo à toa com a Harry Potter e a Ordem do Fênix. O pessoal do Submarino vem oferecendo, há dois meses, a versão em inglês do livro. Já recebeu 500 pedidos. “Nosso idéia é superar a marca do último livro Harry Potter e o Cálice de Fogo, que apenas no ano de lançamento vendeu 10 mil unidades”, diz André Shinohara, diretor de marketing do Submarino. “Mas, para isso, teremos que aguardar a versão em português.” A Estrela, que distribui os brinquedos da Lego no Brasil, se espantou com a procura pelo Castelo de Hogwarts, vendido a R$ 640. “Tive até receio de apostar no produto. O preço era alto”, diz Robério Esteves, gerente-geral da marca. “Mas me enganei. O castelo esgotou rapidamente.” Tem sido assim com todos os produtos de Harry em qualquer canto do mundo. E a magia financeira vai continuar. Joanne tem ainda dois livros para escrever. A Warner também já fechou contrato para mais um filme e tem prioridade para comprar os direitos de outros três. Senhores pais, preparem os bolsos! 
Colaboraram Taís Lobo e Carol Carloni
para ensinar algum truque aos “trouxas” – os não mágicos na gíria de Harry Potter. Nenhuma outra obra literária fez tanto barulho. Nenhum outro livro atraiu tanto interesse em tantos países. “Haverá uma tiragem inicial de 8,5 milhões de exemplares apenas nos Estados Unidos. É um recorde no mercado literário”, disse à DINHEIRO Judy Cormann, vice-presidente corporativa da Editora Scholastic, que distribui o livro no mercado americano. Antes do lançamento, a livraria on-line Amazon já havia recebido 750 mil encomendas nos EUA. Na Inglaterra, outros 350 mil pedidos foram registrados pelo site. O correio britânico, tido como um dos mais eficientes do mundo, teve de providenciar às pressas cerca de 30 vans para aumentar a frota e conseguir entregar Harry Potter e a Ordem do Fênix na casa dos consumidores. O fenômeno está de volta.
Nem mesmo Joanne K. Rowling, a ex-professora que começou a escrever a saga do menino mago em guardanapos de papel num café escocês, poderia imaginar que de sua pena sairia uma máquina de ganhar dinheiro. Joane até tentou desvincular o merchandising da obra literária. Perdeu a briga. Quando o bruxo
deixou as páginas para ganhar a tela dos cinemas, então, a in-
dústria já havia entrado na história. Hoje, a marca Harry Potter movimenta US$ 6 bilhões ao ano, incluindo venda de livros, bilhe-
teria de cinema e licenciamento. No final das contas, apesar dos muxoxos de Joane, ela saiu no lucro. Em seis anos, juntou uma fortuna US$ 450 milhões e se tornou uma das mulheres mais ricas
do Reino Unido – mais até que a rainha da Inglaterra.
É que Harry vende de tudo e Joanne ganha com isso. As crianças dormem e acordam com pijamas e lençóis do bruxo. Usam a escova de dentes de Harry, mochilas, tênis. Brincam com seus jogos e bebem o refrigerante que ele bebe. Não há empresa que queira ficar de fora da festa. De gigantes mundiais como Coca-Cola e Mattel a companhias de médio porte em mercados menores, como a brasileira Regina Festas, há uma fila de candidatos a conquistar o direito de estampar o bruxo em seus produtos. Cadeias de varejo criam estratégias especiais para trabalhar a linha Harry Potter. No
sábado de lançamento do livro, a rede de brinquedos Toys “R” Us montou em sua loja na Times Square dois castelos feitos com
peças Lego e lotados de produtos de Harry. A Wal-Mart decidiu vender o novo livro com 40% de desconto. Explicou que a obra
serve de isca para a venda de vários itens da personagem. “A
criança entra no Wal-Mart para comprar o livro e acaba levando
a caneca, a roupa e os jogos de Harry”, diz Karen Burke, porta-
voz da empresa. “A força da marca é impressionante.”
Estima-se que de 1997, ano de lançamento do primeiro Harry Potter, até hoje, cerca de 200 milhões de livros circulem pelo mundo. No cinema, os dois filmes feitos até agora renderam juntos US$ 1,8 bilhão em bilheteria, marca que os igualou ao recordista Titanic. O bruxo também faz as vendas de fitas VHS e DVDs explodirem. A Warner Bros., que detém os direitos de negociar o licenciamento dos produtos, chegou a vender, só no Brasil, 160 mil cópias do DVD de Harry Potter e a Câmara Secreta em um único mês. Por contrato, a empresa está impedida de fazer qualquer acordo de licenciamento baseado nos livros. Seu direito se limita aos filmes (ela vai fazer a festa mesmo em julho de 2004, quando sai o terceiro longa, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban). Mas mesmo com a Warner quietinha, assistindo de camarote ao lançamento do livro, não há como controlar o ímpeto de empresas e consumidores. Por mais que a senhora Rowling insista, Harry Potter não é mais uma obra literária. É uma marca que gera bilhões em negócios.
Por aqui, a versão em português só deve chegar no final do ano. A editora Rocco, que detém os direitos de publicação, ainda não recebeu os originais. Sequer foi convidada para a megafesta de lançamento em Londres. “Não podemos falar nada sobre o livro porque não sabemos nada sobre o livro”, declarou, irritada, uma porta-voz da editora brasileira. A mágoa é compreensível. A Rocco foi uma das primeiras a apostar na saga do bruxo, quando Joanne Rowling ainda era desconhecida e seu agente viajava o mundo atrás de contrato. Paulo Rocco, dono da editora, topou o desafio e comprou os direitos. Acertou em cheio. Até aqui, já vendeu um milhão de livros e chegou a declarar que Harry Potter praticamente reconstruiu a Rocco. Na semana passada, Judy Cormann, da Scholastic, disse à DINHEIRO que desconhecia qualquer problema com o Brasil. “Nosso foco é o mercado americano. É melhor você falar na Inglaterra.” A Bloomsburry, que publica os livros na Grã-Bretanha, empurrou novamente o caso aos EUA. E a Rocco ficou no prejuízo.
450 milhões de dólares é a fortuna da autora J.K. Rowling. A série garantiu lugar no ranking dos mais ricos da Inglaterra |

Você sabia que... |
Os 750 mil livros vendidos até agora nos EUA pesam 770 toneladas. É 3,5 vezes o peso da Estátua da Liberdade Se as 350 mil cópias encomendadas na Inglaterra fossem colocadas uma em cima da outra, a pilha de livros teria 18 mil metros de altura. Ou dois Everests 50 mil exemplares do livro, no valor de 1 milhão de libras, foram roubadas de um caminhão na Inglaterra na véspera do lançamento |
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